sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Nascimento

A grande hora está chegando, o momento tão esperado da mamãe e papai: ver o rostinho do bebê e poder pegar no colo.
Essa com certeza é a melhor sensação que uma mulher pode sentir, independente do tipo de parto, escutar o primeiro chorinho do filho, sentir o cheirinho e poder pegá-lo nos braços.
Vamos matar a curiosidade das mamães que estão na reta final da gravidez e querem saber tudo como funciona o parto. 
No final da matéria, conto um pouco da minha experiência.



Os procedimentos podem variar de uma maternidade para outra ou de médico para médico.
Geralmente, quando a mamãe chega à maternidade, depois de preencher a ficha com os seus dados, é encaminhada a uma sala de pré-parto, onde uma enfermeira obstétrica aferirá a temperatura, pressão arterial, batimentos cardíacos, checará seu tipo sanguíneo, se a bolsa d'água se rompeu e a dilatação do colo do útero com exame do toque (a não ser em caso de cesariana previamente marcada).
De tempos em tempos o médico ou a enfermeira monitorarão os batimentos cardíacos e a pressão arterial da mamãe e do bebê, além de fazer exames para saber se está tudo bem.
Começa a assepsia, com a tricotomia (raspagem dos pêlos pubianos) e uma lavagem intestinal, principalmente se for parto cesárea. Esses procedimentos nem sempre são realizados, pois a raspagem dos pêlos pode aumentar as chances de infecções pelos cortes e a maioria das mães não evacua na hora do parto, não necessitando da lavagem.
Para manter a mamãe hidratada, tomará soro pela veia (a ingestão de líquidos e alimentos normalmente não é permitida durante o trabalho de parto), mas também serve como via de medicação caso a mamãe precise durante o parto, sem que seja necessária outra picada na veia.

Cesariana e parto normal
Se a mamãe fizer cesárea, é encaminhada ao centro cirúrgico onde também receberá soro e anestesia. Pode ser preciso o uso de sonda para drenar a urina da mamãe, que será retirada seis horas após o parto.
No parto normal, a administração da anestesia depende da evolução do trabalho de parto. É indicada depois que a dilatação do colo do útero chega a cinco centímetros para não atrapalhar na hora em que a mamãe terá de fazer força para expulsar o bebê. Isso já acontece na sala onde o parto se realizará.
Quando o médico decide acelerar o trabalho de parto por questões de segurança da mãe ou bebê, usa-se medicamentos para a indução do trabalho de parto. Se a bolsa não rompeu, o médico a romperá.
Na cesariana o corte é feito no baixo-ventre, na transversal. O corte na vertical, do umbigo ao púbis, é adotado em emergências. No parto normal é comum a episiotomia (corte no períneo para facilitar a saída do bebê), mas nem sempre é preciso.

Sala de Parto
Na sala, a mamãe encontrará luzes especiais para focar a região entre as pernas (parto normal) ou a região da barriga (cesárea) e equipamentos variados para todo tipo de emergência.
Se houver um pouco de dificuldade na expulsão do bebê no parto normal, alguém da equipe pode empurrar a barriga da mamãe de cima para baixo, para forçar o bebê pelo canal de parto. É a chamada "Manobra de Cristeler". Ou é feito o uso de fórceps.
Depois que o bebê nasce há a contração do útero para a dequitação, liberação da placenta. Quando a placenta não sai por inteiro ou o sangramento é excessivo, o médico exerce uma pressão firme para baixo sobre o abdômen da mãe fazendo com que a placenta descole do útero e seja eliminada.
O médico, então, sutura a incisão da episiotomia e qualquer laceração do colo do útero ou da vagina que tenha ocorrido.
Na cesariana, depois que o bebê nasce, o obstetra fecha o corte com pontos, faz os curativos necessários e observa possíveis reações à anestesia. Essas reações podem ser tremores de frio, dores nas costas e dor de cabeça (fraca ou muito intensa).
Além dos procedimentos realizados, na sala de parto a mamãe encontra muitos profissionais que não sabe quem são. Encontramos o conhecido da mamãe, seu obstetra e a enfermeira obstétrica que o ajudará.
Há também o médico anestesista, instrumentadores cirúrgicos (atuam durante a cesárea e são responsáveis pela preparação e entrega dos instrumentos) e auxiliares de enfermagem.
Se a mamãe necessitar ou o hospital tiver esse atendimento, uma doula (acompanhante) pode permanecer com a mãe para aliviar a ansiedade. Para o papai acompanhá-la, às vezes, é preciso de uma autorização por escrito da maternidade.
Esses procedimentos e profissionais são encontrados em partos realizados em hospitais. Nas casas de parto ou partos domiciliares, as intervenções médicas e profissionais são menores, com exceção do parto cesárea que é um procedimento médico cirúrgico.
Nesses lugares o que prevalece é o parto natural sem intervenções no qual a mulher escolhe quem serão seus acompanhantes.


Para não perder o costume, vou contar um pouquinho de como foi o meu parto.
Acordei em um sábado, fui ao banheiro e notei um líquido saindo. Pronto, suficiente pra entrar em desespero (rs), o médico mandou correr para o hospital, já que não iria ser normal, e a cesárea estava marcada para segunda.
Chegamos no hospital, o médico estava esperando, me examinou e também viu se estava tudo bem com o bebê. Tudo ok, mas já estava com dilatação, então corri para fazer todos os procedimentos, e logo me levaram pra sala de parto. Tive um momento de ansiedade e me perguntando: - como assim, é agora? rs..
Aplicaram anestesia, e o anestesista sempre tranquilizando para ver se estava indo tudo bem, tive uma pequena queda de pressão, creio que por conta da correria e nervosismo, mas correu tudo como deveria ser e ele nasceu às 13:45.
Sim, o primeiro chorinho é inesquecível e a sensação supera toda ansiedade antes sentida. 
Levaram ele para pesar, medir, dar banho. Enquanto isso, eu fiquei na sala e os médicos dando os pontos, isso demorou mais que o parto todo.
Enfim, fui para o quarto, logo a enfermeira trouxe ele trocadinho, enroladinho e chegou a hora de mamar! Ele era tão fominha que logou pegou o peito e já estava mamando, ou seja, minha enorme preocupação dele não conseguir pegar, ou demorar, ou ainda que eu não tivesse leite, sumiu naquele momento em que estava nos meu braços mamando perfeitamente, como se fizesse isso todo dia.
Tive que usar uma sonda para drenar a urina, e confesso ser bem incômodo, mas foi retirado no mesmo dia.
E assim deu início à jornada de mamãe, papai e bebê. Estávamos exaustos, eu, por toda a correria e ansiedade, e o papai por cuidar de tudo.
Com toda certeza, a partir desse dia digo que me considerei realmente mãe e a mudança na nossa vida foi total, mas o sentimento que explode dentro da gente é inexplicável, ao mesmo tempo tão doce e intenso.

Fonte: Guia do Bebê


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